quarta-feira, julho 06, 2005

playlist radio # 1

- Raveonettes - Pretty in Black - Sony 2005;

O terceiro disco, após o mini álbum de 2002 - "whip it on" ( recorded in glorious b minor ) - e de "chain gang of love" (recorded in b major ), continuando com as influências certas: Velvet Underground, Jesus & the Mary Chain, Cramps, Girls bands.

Participações de Maureen Tucker ( VU ), Ronnie Spector ( Ronnetes ) e de Martin Rev ( Suicide ). A produção esteve a cargo do histórico Richard Gottehrer que, para além de ter feito parte dos The Strangeloves - responsáveis pelo mega hit "i want candy", também produziu em 1963 a versão original de "My Boyfriend´s back" para as Angels, aqui revista.

- Hal - Hal -Rough Trade 2004
Depois dos The Thrills, temos uma outra banda irlandesa influenciada pelo imaginário californiano de sun, sea and surf, como se a vida não fosse mais do que uma canção de Brian Wilson. Tal como o primeiro disco dos seus conterrâneos, esta estreia dos HAL é plena de melodias vocais e de arranjos magníficos. Um dos singles foi produzido pelo ex-orange juice Edwin Collins. Uma estreia a reter, para os fins de tarde de verão ao som de "worry about the wind". Trivia fact: HAL é o nome do computador de "2001" de Stanley Kubric.
- Sons And Daughters - The Repulsion Box - Domino 2005
2004 será também recordado por "Johnny Cash", a mais perfeita de todas as canções sobre o original man in black mais importante de todos os tempos. Essa canção estava no mini álbum de estreia desta banda escocesa: "Love The Cup" ( domino 2004 ). Nesse disco as pistas estavam lançadas: um folk à la Pogues from county hell, uns blues demoníacos à la PJ. Harvey. Com este Repulsion Box fazem o último disco que Nick Cave devia à memória dos The Birthday Party e está velho demais para fazer.
- White Stripes - Get Behind Me Satan - XL 2005
Estamos apenas perante o novo lançamento da maior banda de rock actual. Depois de todos os mistérios, desde casamentos a divócios, de irmãos casados e de um riff que lhes garantiu a imortalidade, temos um disco que é tão simples e tão distante da conquista planetária a que qualquer outra banda se arrogaria, que chega a ser assustador.
Temos singles como Blue Orchid que rockam, temos futuros singles como My Doorbell que viciam. Temos um álbum pleno de pequenas canções, com poucos instrumentos e imensos espaços para respirar. Se antes o blues e o som metálico das fun houses de Detroit eram influência, com Get Behind Me Satan temos vaudeville, temos piano e maracas e canções magoadas. Mas mantemos um dos maiores escritores, produtores, keepers of the flame da música contemporânea a trabalhar no que sabe de melhor.
- Magic Numbers - Magic Numbers - Heavenly 2005
Puro, puro puro como uma brisa. Com soul branco, com harmonias vocais, dois pares de irmão e irmã e um dos discos do ano. As canções flutuam como se estivessemos perante um álbum de Al Green a cantar com a The Band a apoiá-lo. Ou Van Morrison com a melhor Stax. Forever Lost, Which Way to Happy e o resto desta estreia são de reter e ouvir várias vezes.

1 comentário:

O Puto disse...

O single de apresentação do novo disco dos Raveonettes é que não convence muito. Mas tenho esperança que o álbum seja melhor que essa amostra.
Vi há uns dias um vídeo dos Magic Numbers, e achei no mínimo curioso o jogo de vozes e a aparência deles.